No dia 3 de dezembro de 2018, às 16h32 (Horário de Brasília), o satélite ITASAT foi lançado pela missão SmallSat Express (SSO-A) em um foguete Falcon 9, da empresa SpaceX, diretamente da Base Aérea de Vanderberg, na Califórnia – EUA. O equipamento é o primeiro modelo a levar a bordo um software de controle de atitude totalmente desenvolvido no Brasil.
Dotado de dimensões de 10x20x30 centímetros, peso de 5,2 quilogramas, levou também cargas úteis, como um transponder de coleta de dados, um receptor GPS, uma câmera comercial com resolução de 80 metros por pixel no espectro visível e um experimento de comunicação com a comunidade de radioamadores, que permite o armazenamento e posterior envio de mensagens.
Em comemoração ao aniversário de lançamento, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e o Centro Regional do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em Natal – RN acompanharam a transmissão precisa da geolocalização do satélite, recebendo informações de seu funcionamento e coordenando a transmissão de telecomandos.
A coordenadora técnica do ITASAT e aluna de doutorado Lidia Sato, relembrando a missão, coloca que “o importante foi conseguir cumprir o tempo operacional para o qual o satélite foi projetado, demonstrando o quanto o ITA evoluiu no desenvolvimento de plataformas espaciais, e confirmando que o processo adotado no projeto funciona”.
Já para Emerson Oliveira, responsável pela Verificação e Validação do ITASAT, "foi meu estudo de caso nas pesquisas da pós-graduação, além da capacitação em novos conceitos e conhecimentos. O projeto fortaleceu minha rede de contatos profissionais e de amizades na comunidade científica e industrial. O ITASAT também proporcionou a oportunidade de continuar trabalhando na área com novos projetos da instituição."
O responsável pela equipe e professor do ITA, Doutor Luís Loures, ressalta que “comemora-se um ano do lançamento com o satélite ainda operacional. Isso significa que ele cumpriu sua vida útil de um ano, como projetado. Significa também que o instituto cumpriu a sua missão: não só formamos recursos humanos para o setor espacial, como também desenvolvemos uma plataforma que teve o mérito de nos ensinar muito”.
Fonte:Divisão de Comunicação Social